Luis Horta e Costa, especialista imobiliário português e cofundador da Square View, destaca o papel fundamental do programa fiscal para Residentes Não Habituais (RNH) na revitalização do setor imobiliário em Portugal. Com o governo considerando o fim desse incentivo em 2024, Horta e Costa alerta para os possíveis impactos negativos que essa decisão poderia trazer para um dos principais motores da economia portuguesa.
Segundo Horta e Costa, o RNH foi responsável por atrair investimentos estrangeiros maciços para o mercado imobiliário, especialmente em regiões como Lisboa e o Algarve. “O mercado imobiliário português encontrou um novo vigor, em grande parte graças ao programa fiscal RNH”, afirma o especialista.
Ele destaca que os investidores estrangeiros não apenas injetaram capital no setor, mas também trouxeram inovação e uma nova perspectiva que transformaram profundamente a indústria imobiliária do país. “Não se trata apenas das empresas que eles criaram, mas do fato de seus investimentos terem tornado o mercado imobiliário português uma força econômica poderosa”, ressalta Horta e Costa.
O impacto do RNH foi particularmente notável no segmento de imóveis de luxo. Horta e Costa explica que o programa atraiu uma demanda significativa de investidores internacionais, o que impulsionou o desenvolvimento de empreendimentos de alto padrão em áreas cobiçadas, como Lisboa e o Algarve.
Esse influxo de capital estrangeiro não apenas aqueceu o mercado imobiliário, mas também introduziu novos conceitos e padrões de construção e design. Horta e Costa destaca que os investidores trouxeram não apenas recursos, mas também expertise e uma visão mais global para o setor.
Contudo, com o iminente fim do programa RNH, Horta e Costa teme que esse progresso possa ser interrompido. “O seu fim irá travar este progresso no setor imobiliário”, alerta o especialista, que prevê um “êxodo maciço de capitais estrangeiros” caso o incentivo fiscal seja encerrado.
Diante da crescente competição de países vizinhos, que oferecem programas semelhantes ao RNH, Horta e Costa acredita que a manutenção desse incentivo deve ser uma prioridade para o governo português. Caso contrário, Portugal corre o risco de perder sua vantagem competitiva no setor imobiliário, com potenciais consequências negativas para a economia como um todo.
A avaliação de Luis Horta e Costa ressalta o legado do programa RNH na revitalização do setor imobiliário português. O especialista teme que o fim desse incentivo fiscal possa representar um retrocesso para uma indústria que se tornou um dos principais motores de crescimento e desenvolvimento econômico do país.